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POLÓNIA
Com uma população de 38,3 milhões de habitantes e uma superfície de 311 889 km, a Polónia é, em termos populacionais e de superfície, o maior país do conjunto dos Países da Europa Central e Oriental que aderiram à União Europeia (UE), em 2004. A Polónia entrou na UE em 1 de maio de 2004, assim como mais sete países da Europa Central e Oriental, sendo atualmente o sexto maior país da UE, em termos de população.
Como nos outros países do centro e leste da Europa, a sua transição de uma economia estatal, de planificação central, para uma economia de mercado, de livre iniciativa, foi um processo bastante rápido e gerador de alguma instabilidade, tanto em termos económicos como sociais, mas assegurou a recuperação e o desenvolvimento socioeconómico do país.
A economia polaca é, de longe, também a maior economia do grupo dos Países de Leste que aderiu à UE em 2004, tendo registado um crescimento assinalável - o PIB aumentou a uma taxa média de cerca de 5% ao ano, no período 2003-2008, e à taxa de 1,6%, em 2009, quando a crise económico-financeira mundial teve, nesse ano e seguintes, reflexos acentuadamente negativos noutras economias dos países membros da UE.
A EIU - The Economist Intelligence Unit estima que, em 2050, o PIB per capita polaco (em PPC) seja 78% do valor do respetivo PIB per capita alemão.
Como uma economia cada vez mais aberta, a Polónia continuará a beneficiar da gradual liberalização do comércio internacional, da sua integração na UE e da liberalização do comércio dos serviços. A localização geográfica posiciona, também, o país em vantagem no processo da deslocalização de empresas alemãs, e de outros parceiros comunitários, para mercados com mão-de-obra qualificada e menores custos salariais, o que lhe permitirá minimizar a concorrência da China e da Índia. A sua inserção na economia europeia tem, também, contribuído para o desenvolvimento e competitividade do setor empresarial privado, fruto das reformas institucionais levadas a cabo entre 1990 e 2004, no âmbito da sua preparação para a adesão à UE e retomadas em 2011.
No que diz respeito mais precisamente às novas tecnologias é de realçar que em 2014 o mercado de Cloud Computing da Polónia cresceu mais de 30%. De acordo com um estudo, a República Checa e a Polónia são considerados os países com maior potencial de expansão do mercado de cloud computing na região da Europa Central e o facto de 90% das empresas de TI na Polónia serem pequenas empresas, abre aqui muitas possibilidades de entrada de PME portuguesas nestes mercados.

HUNGRIA
A Hungria tem uma população estimada em 9,8 milhões de habitantes, um produto interno bruto (PIB) da ordem de 123,4 mil milhões de dólares norte-americanos (USD) e um PIB per capita de 12 560 USD. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional, em 2015, o país posicionava-se em 58º lugar em termos de produto interno bruto mundial (num conjunto de 188 países), em 55º no que diz respeito ao PIB per capita e em 75ª lugar no que se refere à população (2013).
Com uma dimensão geográfica e uma população semelhantes a Portugal, a Hungria é um país cuja economia, nos últimos anos, tal como em vários outros países europeus, passou por sérias dificuldades, em 2008 – queda das exportações e do consumo interno, a par da acumulação de ativos fixos –, o que conduziu a uma forte contração da economia em 2009. Em 2010 e 2011, o país teve um programa de resgate mal sucedido e dificuldades em obter apoio para o refinanciamento da sua dívida externa (em 2011) e pagamento dos títulos da dívida pública. Mas, em 2012, a Hungria conseguiu obter financiamento nos mercados internacionais e teve, pela primeira vez, desde 2004, um défice orçamental inferior a 3% (-2,3%); as exportações melhoraram e o investimento, sobretudo o público, cofinanciado pelos Fundos Europeus, permitiu uma recuperação económica, no final de 2013, que acelerou no 1º semestre de 2014.
O crescimento do PIB ficou a dever-se à procura interna, particularmente da formação bruta de capital fixo, que beneficiou de uma maior absorção de fundos comunitários e do financiamento do Banco Nacional da Hungria (MNB) para o Funding for Growth Scheme (FGS), um mecanismo que visa a “facilitação”, através de taxas de juro bonificadas, do crédito à economia real e à produção. Os setores produtivos continuaram a ser os principais impulsionadores do crescimento económico, particularmente os setores automóvel e da construção e obras públicas, com diversos projetos de desenvolvimento de infraestruturas.
Os principais objetivos do governo, no seu segundo mandato, renovado em abril de 2014, incluem manter o crescimento económico, a descida dos preços das utilities, nomeadamente da eletricidade, e a consolidação das finanças públicas (défice orçamental e dívida pública dentro dos parâmetros exigidos pela União Europeia (UE), para evitar a renovação de sanções). O governo continuará a recorrer à política fiscal e ao intervencionismo (do Estado) na economia para a prossecução das suas metas, melhorando, também, o ambiente de negócios e o peso da burocracia, através de reformas na administração central e local.
O sector exportador tem sido o principal impulsionador do crescimento económico húngaro durante quase todo o período a seguir à crise global, graças, sobretudo, ao bom desempenho dos seus principais sectores, nomeadamente o automóvel e o químico.

REPÚBLICA CHECA
Posteriormente à queda do regime socialista em 1989, verificou-se no dia 1 de janeiro de 1993 a dissolução da Checoslováquia, tendo sido criada a República Checa e a Eslováquia. Em 2015, a República Checa tinha uma população de 10,5 milhões de pessoas e um PIB per capita de 17 570 USD, segundo dados do EIU - The Economist Intelligence Unit.
Em termos de estrutura produtiva, destaca-se o setor dos serviços que representou 60,2% do produto interno bruto (PIB) em 2015, sendo o peso da indústria de 37,3% e a percentagem do setor agrícola de apenas 2,5%, (dados do EIU). A seguir à queda do regime socialista em 1989, a transição para uma economia de mercado foi rápida, traduzida também numa forte abertura ao exterior, em linha com a sua tradição secular; em 2011, no âmbito dos doze países do alargamento, a economia checa era a terceira com maior taxa de abertura ao exterior, a seguir à Eslováquia e Hungria, e, portanto, relativamente vulnerável à conjuntura internacional.
A partir do ano 2000, a economia checa registou um ritmo de crescimento dinâmico, especialmente notável a partir da adesão do país à União Europeia, em 2004 (com uma taxa média de crescimento do PIB de 5,2% até finais de 2008). Sem dúvida que o crescimento se ficou a dever aos fluxos de IDE (investimento direto do exterior), ao contribuírem decisivamente para as elevadas taxas de formação bruta de capital fixo e para a reestruturação e modernização do tecido industrial, bem como ao consumo privado e às exportações. A crise económico-financeira mundial em 2009 e, posteriormente, o aumento das incertezas relacionadas com o agravamento da crise da dívida soberana da Zona Euro figuram como um marco na dinâmica da evolução da atividade económica da República Checa.
No que diz respeito à área em que o projeto pretende intervir, a República Checa é líder no mercado TIC na Europa Centro-Oriental em termos de gastos por pessoa e tem-se observado um grande crescimento do uso de software empresarial, especialmente um serviço de software-as-a-service para PME’s, o principal motor de crescimento, mas os gastos com software de segurança também vai ter um grande crescimento segundos alguns estudos. De referir ainda que a República Checa mantém o maior nível de gastos em TI em termos de PIB, seguido pela Estónia.